Câncer
de próstata também é assunto para se ter com o psicólogo, já que o
impacto emocional em pacientes deve ser tratado com muita
responsabilidade e seriedade.
O mês de novembro contempla a saúde do
homem e a cor azul dá uma beleza especial ao movimento. A campanha
“Novembro azul” teve origem na Austrália, em 2003, em comunhão com o Dia
Mundial ao Combate ao Câncer de Próstata, no dia 17 de Novembro. Hoje,
ela busca conscientizar a respeito das doenças masculinas, enfatizando a
prevenção com o foco na quebra do preconceito masculino de ir ao
médico, pois o câncer de próstata está em segundo lugar no ranking em
causa de morte por doenças nos homens.
Segundo a psicóloga e sexóloga Sônia
Eustáquia, o preconceito em relação ao exame de próstata tem como
principal fator a questão cultural, o conceito inserido no meio social a
respeito da masculinidade e o fato do exame ser feito pelo toque.
“Muitos alegam ter vergonha do que sua famÃlia e amigos pensarão e
falarão. Alguns homens relatam também que consideram o método invasivo e
que diminui a sua virilidade e seu status como homem”.
A vergonha e medo de um diagnóstico
positivo só tendem a dificultar o tratamento e diminuir as chances de
êxito no prognóstico. Por isso, a especialista garante que o câncer de
próstata também é assunto para se ter com o psicólogo, pois o impacto
emocional em pacientes deve ser tratado com muita responsabilidade e
seriedade. “A grande preocupação dos homens é com o desempenho sexual ou
orgasmo, se irá comprometer ou não. O que pode acontecer é de o homem
estar abalado emocionalmente por todo o processo que enfrentou e, assim,
seu desempenho ou desejo diminuÃrem inicialmente, o que pode ser
revertido com terapia, pois não se trata de um problema fÃsico e sim
psicológico”, disse Sônia.
A importância do diálogo
A especialista ainda lembra que cada
indivÃduo é único e em sua singularidade cada um reage de modo diferente
sobre o assunto. “A melhor forma de quebrar os paradigmas é
conversando, buscando informações de um profissional especializado e,
claro, buscar sempre o exame e tratamento o quanto antes. Afinal, o que é
melhor, dormir tranquilo ou ter noites em claro por vergonha de um
exame?”, indagou a sexóloga.