Outubro Rosa
Obesidade é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer.
Um especialista explica a relação entre as duas doenças.
O mês do Outubro Rosa é dedicado à
campanha de prevenção ao câncer de mama, considerado juntamente com a
obesidade as duas principais epidemias globais, sendo o sobrepeso, o
segundo maior fator de risco evitável para o câncer, perdendo apenas
para o tabagismo. Por isso, é necessário conscientizar sobre a
responsabilidade de cada um na prevenção do câncer, através do controle
do sobrepeso e de outros fatores de risco. A prevenção e a detecção
precoce podem reduzir a mortalidade de câncer em até 50%.
De acordo com a Organização Mundial de
Saúde (OMS), mais da metade da população brasileira, cerca de 60%, é
obesa. No mundo, aproximadamente de 2,3 bilhões de adultos estão acima
do peso e mais de 700 milhões são obesos. O cirurgião endoscopista Bruno
Sander, ressalta que a obesidade é uma doença e que uma pessoa com IMC
(índice de massa corporal) maior que 25 precisa buscar ajuda médica.
Porém, o médico garante que muitos
desses casos podem ser evitados com um estilo de vida mais saudável,
incluindo alimentação equilibrada e prática de atividades físicas. “A
maior dificuldade é convencer o paciente a abrir mão das facilidades e
comodidades que a vida moderna oferece no que diz respeito à alimentação
e deslocamento. É difícil para a grande maioria preparar uma refeição
saudável em casa, já que encontram tudo pronto, industrializado e
congelado. Da mesma forma em optar por subir as escadas do prédio, já
que pode pegar o elevador”.
Bruno lembra que toda e qualquer dieta
deve ser equilibrada, oferecendo os nutrientes e vitaminas necessários
para a saúde e alerta para o perigo das dietas milagrosas. “A maior
parte dessas dietas radicais deixam de lado nutrientes importantes para o
nosso corpo, o que acaba prejudicando a saúde a médio e longo prazo.
Além disso, na maioria das vezes, a sua manutenção é difícil e o
paciente tende a ganhar novamente o peso perdido tão rápido quanto o
perdeu”.
Tratamentos
Para aqueles que não obtiveram êxito com
a dieta associada à atividade física, o médico indica outros
tratamentos. “Quem tem o Índice de Massa Corporal (IMC), acima de 27
pode recorrer ao uso de um balão intragástrico para potencializar a
perda de peso, por ser um método endoscópico e pouco invasivo. Já nos
casos extremos e de obesidade mórbida, a cirurgia bariátrica é indicada.
Além disso, para os pacientes que realizaram a bariátrica, mas voltaram
a ganhar peso o procedimento de Plasma de Argônio pode ajuda-los a
emagrecer novamente. Mas, todas as técnicas devem ser realizadas sempre
por um médico endoscopista”, disse Sander.
Fonte: Bruno Sander,
médico cirurgião endoscopista, especialista em gastroenterologia e
tratamentos para a obesidade. É diretor clínico do Sander Medical
Center, em Belo Horizonte (www.sandermedicalcenter.com.br).